terça-feira, 28 de maio de 2013

Diz-se saudade



Deu vontade de ontem, somente o ontem.

E vieram as lágrimas lembrando-me o que não posso
mais ver, tão pouco tocar.

Lembranças esquecidas em porta-retratos deixados
no quarto vazio, mobília coberta por lençóis brancos
esconde a felicidade que um dia se fez.


Todo momento transformado em vestígio e rascunho
em papel envelhecido. Esquecido.

Ainda se sente o perfume pairar, a brisa soprar as
cortinas como cachos dourados.


Sorriso, entregas e nada mais.


Angustia por não ter tido tempo para mais, demais ou
simplesmente tempo certo pra sorrir e chorar, abraçar,
deter-te em meu peito, suspirar e sonhar.


E por fim, amar.




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