Estava eu a conversar com uma amiga esses dias e acabamos
nos percebendo iguais, no sentido da busca e também das decepções.
Questionava sobre os sentimentos das pessoas hoje em dia, o
que causa tamanho desapego quando se trata de relacionamento, estranho o modo de
vida da garotada, se fosse só esta garotada ainda vá! Mas não é. Está em todo
lugar, como uma praga, um vírus que se multiplica e ataca todos.
Onde está o amor nos tempos modernos? O que aconteceu com
esse sentimento? Foi tomado pelo medo, pela caretice. A onda da vez é não se
apegar, não criar vínculos. Sexo e nada mais, sem compromisso. Se você marcar
um encontro, pode se preparar, será para transar, é o que se pensa.
Recebi um convite esses dias para sair, conversamos e marcamos.
De repente uma informação à parte que vinha com uma indagação: “vou te dizer
uma coisa agora e se desmarcar, saberei que é por isso. Não vou transar já de
inicio.” Eu me assustei, de verdade! A condição é essa mesmo? Um encontro hoje é
nada mais nada menos que um convite ou condição ao sexo.
Viramos objetos, conclui.
Então, de certa forma argumentei: Preciso de alguém que me
ame, mas que me desperte pra esse sentimento também. É difícil?
Penso que hoje existe também há “oferta e demanda”, seja no âmbito
GLS ou hetero, tem gente demais querendo tudo ao mesmo tempo e sem contar que a
busca por alguém em melhores condições, financeira ou estética torna ainda mais
concorrente. Talvez seja por isso que amar é algo tão fácil dizer, ama-se um a
cada esquina, mas não se ama ninguém.
As pessoas não conseguem lidar com o sentimento que recebem:
o carinho e a atenção já são sinais de paixonite aguda, acaba afastando o
outro, que por sua vez já se sente pressionado, sufocado.
Segunda conclusão: Não se pode manifestar o que se sente.
E veja bem, um simples telefonema, pode ser somente um
telefonema para dizer “oi”, ou “boa noite”, talvez, se tiver sorte um “eu te
amo”. Mas se a modernidade oferece os sites de redes sociais, pra que ligar se
posso escrever!
Neste caso, então: Até mais!

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