quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cama vazia!

Hoje acordei com vontade de namorar;
Sorri, olhei para o lado e nada vi;
Não havia ninguém.

E no vazio do meu quarto só o branco
das paredes preenchem o espaço.

O criado, mudo, não sustentava se quer
um porta-retratos, não haviam quadros;
Somente eu e o meu vazio. Meu silêncio.

Suspirei tremido;
Fechei os olhos;
Chorei angústias;
Dormi um sonho!




sábado, 24 de novembro de 2012

Versos tristes

Tristes versos embalados por lágrimas de saudade, olhares de esperança
alcançam o horizonte sem nada por ver e por vir.

O silêncio a sufocar a vontade de sorrir e o coração cede espaço á solidão,
sem cores, sem amores e ninguém ao lado conforta meus medos.

Pedaços de mim se perdem pelo caminho e o que desejo é apenas não
seguir sozinho.

Vou sem olhar para trás, sem levar lembranças minhas, nem suas, desmanchando minhas ilusões, meus sonhos, meu tudo.

Contudo, em meio a versos sofridos, suplico;

Onde você estiver não se esqueça de mim;
Onde estiver não esqueça;
Não se esqueça de mim;
Esqueça-se de mim;
De mim.




domingo, 11 de novembro de 2012

Esquecer você

E era preciso esquecer você, apagar seus olhos,
retirar seus pertences do quarto.

Era hora de renovar a casa e o coração, trocar as
cortinas. Pintar as paredes de uma nova cor.

Decidi cortar os cabelos, comprar novas roupas,
mudar o estilo. Mudar de postura.

Era preciso construir um castelo em barreiras à
me proteger de tudo e todos. Fiz-me soldado
armado e pronto para a batalha.

Me fechei em pedras fortes e altas, Já sentia-me
seguro e salvo, longe de qualquer ameaça por vir.

Imperceptível, me tornei.

E mesmo através de paredes de pedras, flores
brotaram, cresceram e trouxeram para dentro,
vida e cores.

O sol brilhou forte e o vento dançava com as flores.
Já não há armaduras, nem medo, tampouco
tristezas.

Há sorriso, leveza do espírito, cores e esperança.
Amores e você!

Eu e você



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Meus Bolsos

O que levo nos bolsos são folhas de papel amareladas pelo tempo.

Folhas rabiscadas com registros meus. Lembranças doces e amargas,vitórias ao longo da vida e as mil derrotas nas costas.

Levo também meus amores partidos, amores banidos e meus inimigos.

Levo nos bolsos furados, minhas lágrimas, seus sorrisos e mesmo relutando em não querer o teu querer.

Levo em meus bolsos, você!

 

 

Pés no chão

Me lembro do menino que corria descalço,
livre, brincando em ser piloto de avião.
Braços abertos, voos rasantes. Sonho alto. Inocência.

Menino que desvendava mistérios, descobria tesouros,
moedas de ouro recheadas de chocolate barato. Menino de ouro.

Menino super-herói que protegia o mundo dos monstros,
resgatava a mocinha e virava rei, pois rei há muito já era.

Menino de pés no chão, bicho de pé, pé de moleque.

Menino crescido virou gente grande, com deveres a cumprir.

Menino homem, tem que trabalhar. Não anda mais com os pés no chão, nem corre de braços abertos. Nem sonha


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Olhares


Vejo em meus olhos, o mundo a meu favor.

Minha janela, faról. Imaginárium particular.

Olhos que vigiam, olhos que choram, alegrias, tristezas, emoções. Ilusões. 

Olhos que não querem ver. Maldades. Que tudo querem saber. Verdades! 

Olhos que falam à outros olhares, desejos. Vontades.

Olhos que pedem a paz, outros por guerra. Falta de amor, compreensão. Humanidade.

Olhar inocente, puro. Doce olhar de criança levada. Vontade de vida. Esperança.

Olhares de dores. Amores. Adeus..

 

 

 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ôco

Me perco em emoções, em tantos sentimentos
tortos que me percebo sufocado, sangrando;

Os olhos empoçados em lágrimas, mãos vazias
e o coração em esperanças;

Se ao menos teus ombros ainda tivesse para repousar
meus braços, acalantar minha solidão, meu sorriso seria
de alegria;

Temo perder-me meio a mim mesmo, meus anseios e
meu desespero. Pular em um abismo sem fim, fechar
os olhos e me esquecer na escuridão;

Vontade de gritar minha liberdade aos quatro ventos
Minha ânsia por viver, meu desejo por amar.

Meu amor, por algo que não vejo e tateio
Meu amor por você;
Minha falta de você!



Àos Pares

Todo amor deve ser revelado;
Cada sorriso liberto e cada abraço
encontrar seu abraço;

À cada passo dado, um outro alçado;
Uma mão tatear outra e um olhar alcançar
outro olhar;

Sentimento bonito esse, gostar de alguém!



sábado, 28 de julho de 2012

Sou !

Eu vivo uma vida constante;
Em sorriso, cores e flores.

Me faço de força e humores
Choro alegrias e dores.

Sou grito de liberdade;
Preso no peito. Sou o silêncio
do medo.

Sou a coragem vista nos olhos;
O brado que ecoa ao longe.

Sou o vento que corre a serra;
E dança valsa com as árvores.

Sou a saudade de um dia tardio;
A esperança de vida no ninho.

Sou o menino a sonhar com a lua;
Brincadeira de rua.

Sou homem que luta em crer
Sopro de vida;
Desejo;
Rumores;
Amores!




sexta-feira, 27 de julho de 2012

Fogo!


De repente, manhã ensolarada;
Sinto seu suspirar e bocejar num despertar.
Doce é o sereno que nos toca a pele e nos faz amar.

E no fogo que arde a tarde amarela, te vejo. Desejo.
O corpo quente que transpira e desperta a mente;
O toque molhado dos lábios, o vento que assopra os cachos dourados;
E nada mais é como antes, apenas você e eu, o vento e o sol.

É a chama calma da vela que ilumina a noite,
O brilho em seus olhos, o vinho, o veludo e o vermelho.
Madeira que queima na brasa, seu corpo que me abraça;
O suor que tateia o corpo nos faz um só.

Um sentimento;
Um só momento;
E por fim, o silêncio!




sábado, 21 de julho de 2012

Primavera em corações

Hoje já é manhã em meus olhos;
Já posso sentir em meu rosto a brisa
suave das marés.

O sol me aquece forte o espírito;
Meus pés tocam a relva em cor esmeralda.

Seu perfume percorre meus pulmões.

E em meu peito já se faz primavera.



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Crônica do amor nos tempos modernos


Estava eu a conversar com uma amiga esses dias e acabamos nos percebendo iguais, no sentido da busca e também das decepções.

Questionava sobre os sentimentos das pessoas hoje em dia, o que causa tamanho desapego quando se trata de relacionamento, estranho o modo de vida da garotada, se fosse só esta garotada ainda vá! Mas não é. Está em todo lugar, como uma praga, um vírus que se multiplica e ataca todos.

Onde está o amor nos tempos modernos? O que aconteceu com esse sentimento? Foi tomado pelo medo, pela caretice. A onda da vez é não se apegar, não criar vínculos. Sexo e nada mais, sem compromisso. Se você marcar um encontro, pode se preparar, será para transar, é o que se pensa.

Recebi um convite esses dias para sair, conversamos e marcamos. De repente uma informação à parte que vinha com uma indagação: “vou te dizer uma coisa agora e se desmarcar, saberei que é por isso. Não vou transar já de inicio.” Eu me assustei, de verdade! A condição é essa mesmo? Um encontro hoje é nada mais nada menos que um convite ou condição ao sexo.

Viramos objetos, conclui.

Então, de certa forma argumentei: Preciso de alguém que me ame, mas que me desperte pra esse sentimento também. É difícil?

Penso que hoje existe também há “oferta e demanda”, seja no âmbito GLS ou hetero, tem gente demais querendo tudo ao mesmo tempo e sem contar que a busca por alguém em melhores condições, financeira ou estética torna ainda mais concorrente. Talvez seja por isso que amar é algo tão fácil dizer, ama-se um a cada esquina, mas não se ama ninguém.

As pessoas não conseguem lidar com o sentimento que recebem: o carinho e a atenção já são sinais de paixonite aguda, acaba afastando o outro, que por sua vez já se sente pressionado, sufocado.

Segunda conclusão: Não se pode manifestar o que se sente.

E veja bem, um simples telefonema, pode ser somente um telefonema para dizer “oi”, ou “boa noite”, talvez, se tiver sorte um “eu te amo”. Mas se a modernidade oferece os sites de redes sociais, pra que ligar se posso escrever!

Neste caso, então: Até mais!



segunda-feira, 2 de julho de 2012

Querer. Você.


Eu quero viver um mundo de sonhos, concretizados em grandes obras escritas e idealizadas por mim.

Quero ver a minha vida do alto, de outro angulo, um novo ponto de vista. Quero viver a liberdade. Sentir o vento no rosto.

Quero ser pra sempre o menino que corre com os pés descalços, sem medo. Ser o homem que vejo no espelho com os olhos brilhando, sorriso e esperança na face.

Quero viver intensamente, cada dia por vez uma aventura, superar obstáculos.
Quero ver o sol nascer e se despedir, respirar o ar puro e sorrir pra lua. Chorar de alegria, pisar na grama e ferver o sangue.

Quero Constança na vida, meu porto seguro, que me faça arrepiar os pelos dos braços, sentir o abraço doce, o olho no olho. Respirar o seu cheiro, seu gosto e pele.

Quero partir pra cima, cantar uma música brega. Sim, eu quero!

Quero o céu estrelado;
Seu beijo molhado.

Quero você do meu lado.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Procura-se

Estou à procura de algo;
Sem entender pra quê nem por que.
Algo que possa me libertar.

Que de tanto almejar, afasto de mim.
Algo que cure meus medos, anseios e minha insônia.
Tateie-me e faça ferver, E por vezes chorar, de alegria.

Procuro entender o que faz sentido, o que me faz respirar.
Ofegante.
Busco perder meus medos. Quero a vontade de gritar, o
sorriso sincero. A melodia certa. O estar de bem com a vida.

Busco sem cessar o que diz o reflexo no espelho, o
aconchego no peito, o sol forte aquecendo meus cabelos.

Algo que me tire da escuridão, me tire do chão e seja
maior que eu.

Que me dê à mão;
O coração;
E por fim, um beijo.



terça-feira, 15 de maio de 2012

Bom Dia

Desejo a ti um bom dia.

Desejo um dia assertivo, um sonho realizado um momento a dois.

Desejo o sol a ti iluminar, meus olhos a te guiar, minha mão a te apoiar.

Desejo um sorriso, uma lágrima, um calor.

Desejo seu toque, seu cheiro e seu sabor.

Desejo você.



terça-feira, 8 de maio de 2012

Narciso


Nada mais tenho por mim.
Nem sorte ou azar. Tampouco lagrimas.
Nem brisa ou cobertor que me aqueça no frio.
Não há mais nada em mim que não seja o seu olhar.

E você que não vejo? Não está aqui em meu peito.
Não me toca as mãos.
Não me olha nos olhos e nem suspira meu cheiro.

E eu, vago em meu ser, no mais vagar. Inerte.

Vejo-te;
Desejo-te;
E sinto-te
Amar.



Desejo

Desejo apenas nesse instante, em que o gélido ácido percorre minhas veias, sentir o toque, beijo e seu gosto quente pedindo meu corpo. 

Se em meu sangue corre o veneno doce do seu sexo, meu espírito livre cavalga em nuvens, seu suor me embebeda e por fim te possuo. 

Desejo sua estrela e seu céu. E eu serei seu menino, risonho, sonhador!  Em teu seio repousarei, exausto, consumido por suas entranhas e por suas loucuras. 

E terei sonhos doces e suaves, com aromas de manhãs de verão.

Os dias serão condensados em cores mistas. 

E por fim, novamente serás meu!



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Inphynito Particular


Eis então minhas verdades. O melhor e o pior de mim. Água pura, destilada, carvalhada.

Sou o limite entre o certo e o errado, anjo ou demônio; quiçá juntos, amantes odiosos, metade dia e noite.
Sou meu próprio medo com pitada de coragem, sou fogo, ferro aceso em brasa, esmeralda.

Minha escuridão iluminada. Guio-me em tropeços meus, sou meu sol, seu sol em tempestades, sou a lua em suas fases.

Sou a vontade de tudo junto, lamina de dois gumes, mão dupla.

Sou cores todas ou ausência delas, oceano profundo, finito. Inphynito Particular.



Sexy on the bich


Eu
Você
Um Dry martini

Eu e você
Eu em você
Uma taça de vinho!

Eu com você
Eu para você
Um licor!

Eu entre você
Nós em um todo
Uma dose de Absinto!

Um clima

Um sexo

E um gozo!



Inquietude


Não se importem com essas palavras escritas após uma noite mal dormida,
eis aqui uma forma de regurgitar o que me faz mal, me incomoda, me tortura
a alma e o espírito e por vez me alegra.